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Quando o Ministério Vira Negócio: O Erro da Ostentação nos Púlpitos
Por Administrador
Publicado em 08/10/2025 17:23
Artigos

Quando o Ministério Vira Negócio: O Erro da Ostentação nos Púlpitos

Em tempos de profundas desigualdades sociais, é preciso lançar luz sobre uma realidade cada vez mais visível (e desconfortável) dentro de muitas igrejas: a transformação do ministério cristão em carreira lucrativa, sustentada por fiéis que muitas vezes mal têm o básico em casa.

Cantores gospel, pregadores e pastores — muitos deles com histórico de fracasso em suas carreiras seculares — encontraram na fé não só um recomeço espiritual, mas uma oportunidade de ascensão financeira. Até aí, tudo bem: prosperar com dignidade não é pecado. O problema é quando esse “sucesso” vem acompanhado de ostentação, uso irresponsável de recursos da igreja e um distanciamento vergonhoso da realidade de grande parte dos membros.


Ministério: chamado ou meio de vida?

A Bíblia é clara: o ministério não é profissão, é vocação. O apóstolo Paulo, mesmo sendo digno de sustento por seu trabalho, recusava ajuda financeira para não escandalizar os novos convertidos:

“De ninguém cobicei prata, nem ouro, nem vestes. Vós mesmos sabeis que estas mãos serviram para o que me era necessário, a mim e aos que estavam comigo.”
(Atos 20:33-34)

A atitude de Paulo é um contraste gritante com líderes atuais que acumulam riquezas e fazem questão de exibir isso em suas redes sociais, púlpitos e eventos.


Luxo pago com dinheiro dos fiéis

Um ponto ainda mais sensível é o uso da tesouraria da igreja para bancar confortos que beneficiam apenas o ego e a imagem do líder.

Banquetes caros, hospedagens de luxo para convidados, ofertas generosas em nome da “honra ao pregador” — tudo para reforçar a imagem de “igreja de sucesso”, que na verdade gira em torno do prestígio do pastor.

Mas quem está pagando essa conta?

Certamente, não é o líder do próprio bolso. São os membros da igreja: homens e mulheres que acreditam contribuir para missões, obras sociais e expansão do Reino, mas que, na prática, estão financiando eventos de autopromoção pastoral.

O Evangelho, assim, vai sendo diluído em performances, status e marketing religioso.


A ostentação é um escândalo espiritual

A pergunta que ecoa é simples: Jesus faria isso?

“As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.”
(Mateus 8:20)

Se o próprio Cristo viveu de forma simples, por que seus seguidores mais visíveis se sentem tão à vontade em viver como celebridades, enquanto seus irmãos em Cristo sofrem necessidades básicas?

Não estamos falando aqui contra o sustento legítimo do obreiro — isso é bíblico (1Tm 5:18). Mas há uma enorme diferença entre sustento digno e vida de luxo sustentada pela fé alheia.


A fé não é palco para vaidade

É triste ver que muitos só “deram certo na vida” depois de entrarem no ministério. Usam o púlpito como palco, e os dons que receberam como ferramentas de autopromoção. Como disse Jesus:

“Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me.”
(Mateus 16:24)

O ministério não é sobre conquistar fama ou estabilidade financeira — é sobre servir. Muitos líderes parecem ter esquecido disso.


A empatia que falta

Num país onde milhões de brasileiros vivem com o mínimo, onde mães lutam para alimentar seus filhos e famílias inteiras sobrevivem sem acesso à saúde básica, a ostentação de líderes religiosos é um verdadeiro tapa na cara do Evangelho.

“Em tudo o que fiz, mostrei-lhes que mediante trabalho árduo devemos ajudar os fracos, lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: ‘Há maior felicidade em dar do que em receber.’”
(Atos 20:35)

É hora de voltar à essência

A crítica aqui não é ao dinheiro — é ao mau uso dele. Não é contra a prosperidade — é contra a ostentação irresponsável. E principalmente: não é contra o sustento ministerial — mas contra a comercialização da fé.

Pastores e líderes devem lembrar: estão sendo observados. Seus estilos de vida não apenas inspiram ou escandalizam, mas também ensinam — ainda que de forma implícita — o que a igreja valoriza de verdade.

“Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor.”
(Jeremias 23:1)

É hora de arrependimento. De mudança de postura. E de responsabilidade diante de Deus e das ovelhas.


Que tipo de líder queremos ser?

Aos que têm chamado verdadeiro: sirvam com humildade. A quem Deus confiou recursos: administrem com temor. A quem Deus deu influência: usem-na para edificar, não para se promover.

Que o ministério volte a ser altar, e não vitrine.

 

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