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Fidelidade em Tempos de Desconfiança
Como proclamar a Palavra com seriedade num cenário de banalização do evangelho.
Por Administrador
Publicado em 14/09/2025 12:25
Novidades

Fidelidade em Tempos de Desconfiança
Como proclamar a Palavra com seriedade num cenário de banalização do evangelho.


Fazer a obra de Deus por meio de uma rádio cristã evangélica conservadora é uma tarefa que transcende o simples ato de transmitir músicas e mensagens. É um chamado, carregado de responsabilidades espirituais e, ao mesmo tempo, de pressões práticas que exigem preparo, investimento e, sobretudo, discernimento.

Vivemos tempos em que o evangelho, em muitos contextos, tem sido banalizado e reduzido a um instrumento de autopromoção. Homens e mulheres que, ao não encontrarem espaço ou reconhecimento no meio secular, veem no ambiente de fé um caminho aparentemente mais fácil para alcançar realização pessoal. Dessa forma, a pregação da Palavra é, muitas vezes, contaminada pela busca de vantagens próprias, transformando aquilo que deveria ser ministério em mera ocupação. É nesse cenário que surge o desafio maior: permanecer fiel ao chamado de proclamar a verdade, com seriedade e amor, sem se deixar confundir com aqueles que transformam o púlpito ou os microfones em palco de conveniências.

A dificuldade aumenta porque a obra de Deus, embora espiritual, exige estruturas materiais. Para que uma rádio alcance mais pessoas, não basta apenas boa intenção: são necessários equipamentos de qualidade, manutenção constante, equipe dedicada, e até estratégias de comunicação que envolvem marketing. Essa realidade gera uma tensão visível: como investir em recursos que tornam a mensagem acessível a muitos sem que isso seja interpretado como vaidade, ambição ou oportunismo?

É nesse ponto que muitos confundem propósito com interesse. Afinal, de que adianta ter convicções sólidas, uma teologia centrada nas Escrituras e um compromisso real com a verdade se a mensagem não ultrapassa os muros de uma pequena audiência? É necessário ampliar o alcance, não por vaidade pessoal, mas porque a urgência do evangelho exige que falemos não apenas para “meia dúzia de pessoas”, mas para todos os que ainda não ouviram ou precisam ser edificados.

O apóstolo Paulo, ao escrever aos coríntios, afirmou: “Ai de mim se não anunciar o evangelho!” (1Co 9.16). Mas o mesmo Paulo também demonstrou sabedoria ao buscar, quando possível, não ser pesado às igrejas, exercendo sua profissão de fabricante de tendas para sustento próprio (At 18.3). Isso nos ensina que buscar meios para sustentar a obra, seja por meio de apoiadores culturais, seja através de anúncios publicitários, não significa diluir a mensagem nem comprometer a seriedade do evangelho. Ao contrário, é uma maneira de preservar a integridade da missão, evitando que a proclamação da Palavra seja confundida com interesse financeiro direto.

É importante dizer: não há mal algum em compartilhar as necessidades com os irmãos em Cristo. A Bíblia recomenda que comuniquemos uns aos outros nossas carências e que a igreja sustente aqueles que se dedicam à pregação. O cuidado aqui é outro: transmitir, a todos, a consciência de que esta obra não é motivada por interesses pessoais, mas pelo zelo ao Reino. Num ambiente saturado de desconfiança, qualquer pedido de ajuda pode ser mal interpretado. Por isso, buscamos sempre que Deus levante meios que preservem a seriedade e a credibilidade, sem que o evangelho seja confundido com um mero “meio de vida”.

O desafio é enorme. Navegamos num mar em que muitos confundem ministério com mercado, e onde toda iniciativa cristã é posta sob suspeita. Mas não desistimos. Porque sabemos que a Palavra de Deus é viva e eficaz, e que, mesmo em meio à desconfiança e às distorções, ela continua a transformar vidas.

Nossa oração é que o Senhor continue abrindo portas, levantando apoiadores sinceros e despertando corações que compreendam a importância de sustentar a obra sem ver nisso comércio ou proveito pessoal. Que a cada investimento feito, a cada transmissão realizada, possamos sempre refletir a verdade, com amor, seriedade e compromisso.

Em tempos sombrios, onde até a boa intenção é questionada, seguimos com a convicção de que vale a pena permanecer fiéis. Porque, no fim, não trabalhamos para a aprovação dos homens, mas para a glória de Deus e a edificação do Seu povo.

 

 

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