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Igreja é lugar de conversar — mas com quem?
Por Administrador
Publicado em 03/08/2025 21:18
Novidades

 Igreja é lugar de conversar — mas com quem?

 

Vivemos tempos de solidão barulhenta. As redes estão cheias, mas os corações, vazios. Cada vez mais pessoas anseiam por um abraço sincero, uma escuta atenta, um momento de partilha real. O ser humano foi criado para o convívio — “não é bom que o homem esteja só”, disse o Senhor no Éden. Precisamos conversar, interagir, sorrir, chorar juntos.

Nesse contexto, a igreja surge como um farol para muitos: um lugar onde há gente, calor, atenção. Um espaço onde os nomes importam, onde há oração e café, onde irmãos se encontram. E, sim, igreja é lugar de conversar. Mas, cuidado: com quem e sobre o quê?

Aqui está o ponto onde muitos se perdem.

Alguns, ao ouvirem que a igreja é um lugar de comunhão, confundem-na com um clube social. Trocam a reverência pelo entretenimento. Transformam o templo num salão de bate-papo. Riem alto durante o culto, atualizam conversas paralelas, enviam mensagens no celular enquanto a Palavra é pregada. E fazem isso crendo que estão "à vontade na casa do Pai". Mas... será mesmo?

O Deus que conversa... mas também que cala

A Palavra nos ensina que Deus é um Deus de diálogo. Ele falou com Adão no jardim, com Moisés no monte, com Elias na caverna. Ele quer se comunicar conosco. Mas essa conversa tem um ambiente sagrado: o temor.

O Tabernáculo no deserto, o Templo de Salomão, a nuvem que enchia o lugar santo… tudo isso apontava para algo: a presença de Deus não é banal. O mesmo Deus que falava do meio da sarça ordenou que Moisés tirasse as sandálias — lugar santo exige postura santa.

Lembramos de Nadabe e Abiú, filhos de Arão. Ofereceram “fogo estranho” diante do Senhor, e foram consumidos (Levítico 10:1-2). Zelo? Exagero? Não. Santidade. Referência clara de que na casa de Deus não se entra de qualquer jeito, nem se age como se fosse uma praça.

Jesus também virou a mesa

Quando o Senhor Jesus entrou no templo e viu ali um mercado de distrações e interesses, Ele não sorriu. Fez um chicote de cordas e expulsou os cambistas. “Minha casa será chamada casa de oração”, declarou com autoridade.

 

Se Jesus andasse hoje entre os bancos de muitos templos, talvez não precisasse expulsar vendedores, mas sim os que profanam o culto com conversas vazias e corações dispersos.

Então, igreja é lugar de conversar... com Deus.

De joelhos. Em espírito. Com atenção plena. Igreja é o lugar onde o céu se encontra com a terra, onde a alma se derrama, onde o pecador encontra perdão, e onde o Santo está presente.

Sim, antes e depois do culto, sorria, abrace, compartilhe. Mas no culto, silencie seu coração. Cale o WhatsApp. Recolha-se em temor. Respeite quem está ouvindo. Honre o Deus que está falando. Ele ainda fala — mas não grita para competir com nossas distrações.

Conclusão

Não há maior alegria do que conversar com os irmãos — e mais ainda, com o Pai. Mas que a casa dEle não se torne um palco para banalidades. O mesmo Deus que chama, também pesa a mão. O mesmo Deus que é amor, é fogo consumidor.

Quem tem ouvidos, ouça. E reverencie.

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