️ OS TEMAS QUE OS PREGADORES NÃO PREGAM MAIS — E O PERIGO DESSA OMISSÃO
Um chamado ao retorno à Palavra, com amor, temor e reverência ao Senhor Jesus Cristo
Editorial Pavio Que Fumega
“Porque não deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus.”
(Atos 20:27)
Introdução
Há uma preocupação crescente entre os servos fiéis: por que tantos pregadores têm deixado de anunciar as verdades mais fundamentais do Evangelho?
Os púlpitos, que deveriam ecoar arrependimento, santidade e cruz, muitas vezes se transformaram em plataformas de discursos motivacionais e promessas terrenas.
O que era altar virou palco. O que era palavra profética, virou entretenimento.
Com amor e temor, este texto é um alerta — não em tom de acusação, mas de chamado ao arrependimento e retorno à pureza da pregação bíblica.
1. Os temas esquecidos
Em muitas igrejas, palavras como pecado, arrependimento, santidade, juízo eterno, inferno, renúncia, cruz e volta de Cristo desapareceram dos sermões.
No lugar delas, surgiram mensagens de autoestima, prosperidade, propósitos pessoais e vitórias terrenas.
O apóstolo Paulo já advertia sobre esse tempo:
“Virá tempo em que não suportarão a sã doutrina... amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências.”
(2 Timóteo 4:3)
Não é que falar de bênção seja errado, mas omitir a verdade do pecado é trair o evangelho. A graça só é compreendida quando se entende a gravidade da culpa.
2. Motivos escusos por trás do silêncio
Nem sempre o silêncio é inocente. Muitos deixam de pregar certas verdades por motivos preocupantes:
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Temor de perder membros ou seguidores;
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Desejo de popularidade e aceitação pública;
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Dependência financeira do aplauso humano;
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Falta de vida devocional e discernimento espiritual.
Jesus foi claro:
“Ai de vós, quando todos os homens falarem bem de vós...”
(Lucas 6:26)
O verdadeiro pregador não ajusta o sermão à plateia — mas ao Espírito Santo. Pregar o que agrada pode gerar aplauso, mas pregar o que é verdadeiro gera arrependimento e vida eterna.
3. O perigo para o pregador
O profeta Ezequiel foi advertido por Deus:
“Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; e tu não o avisares... o seu sangue da tua mão o requererei.”
(Ezequiel 3:18)
O pregador que se cala diante do pecado torna-se cúmplice do erro.
Ele pode até manter boa reputação entre os homens, mas perde a aprovação do Céu.
O ministério sem unção é apenas oratória vazia. A autoridade espiritual só permanece sobre quem fala o que Deus manda, e não o que o povo deseja ouvir.
4. O perigo para as ovelhas
O povo alimentado por mensagens superficiais torna-se fraco, emocional e sem raízes.
Sem ouvir sobre o pecado, não há arrependimento.
Sem arrependimento, não há novo nascimento.
Sem novo nascimento, não há salvação.
Jesus alertou:
“Se o cego guiar o cego, ambos cairão na cova.”
(Mateus 15:14)
Há igrejas lotadas e corações vazios. Louvor alto, mas pouca santidade. Muita emoção, mas pouca transformação.
E o perigo maior é que muitos julgam-se salvos — sem nunca terem se arrependido de fato.
5. Um chamado urgente ao retorno
A igreja precisa de volta os pregadores que choram entre o alpendre e o altar (Joel 2:17).
Homens e mulheres que pregam por amor à verdade, não por vaidade.
Que preferem perder o púlpito, mas não perder a presença do Espírito Santo.
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
(João 8:32)
A verdade às vezes fere, mas sempre cura.
O Evangelho sem confronto é um engano; o Evangelho sem cruz é apenas filosofia humana.
Conclusão
O silêncio diante do pecado é a mais perigosa das pregações.
Pregar o que o povo quer ouvir é fácil; pregar o que o povo precisa ouvir é prova de fidelidade.
“Pregue a palavra, insta a tempo e fora de tempo, redargue, repreenda, exorte, com toda longanimidade e doutrina.”
(2 Timóteo 4:2)
Que o Senhor levante novamente pregadores do arrependimento, voz que clama no deserto, sentinelas do tempo do fim.
Que a chama do altar não se apague, e que os púlpitos voltem a ser lugar de verdade, temor e poder do Espírito Santo.
✝️ Rádio Pavio Que Fumega — A rádio para quem tem saudades de Sião.
“Voltando ao Evangelho da Cruz, ao som dos louvores que marcaram gerações.”