SÃO CRISTÓVÃO E MADUREIRA: A HISTÓRIA SE REENCONTRA
Participei
nesta manhã do culto em que Madureira assumiu como parte de seu
ministério a Assembleia de Deus de São Cristóvão, RJ, que, neste
ano, completa 100 anos de fundação.
Madureira
é filha de São Cristóvão, que teve Gunnar Vingren como pastor de
1924 a 1933. Logo nos primeiros anos, o seu fundador, Paulo Leivas
Macalão, recebeu autonomia para administrar as igrejas por ele
plantadas no subúrbio, mantendo sempre uma relação fraterna com os
missionários suecos. É tanto que Samuel Nystrom oficiou o seu
casamento com Zélia Brito e cortou a fita simbólica de inauguração
do primeiro templo da AD no Rio de Janeiro, construído por Macalão
em Bangu.
Os
anos se passaram com cada igreja seguindo o seu rumo, desbravando o
Estado do Rio de Janeiro e plantando a semente do Evangelho em cada
vilarejo. Mas o surpreendente aconteceu, com São Cristóvão sendo
recebida no ministério da filha - Madureira - que passa, agora, a
cuidar da mãe.
As
festividades começaram nos moldes tradicionais das festas antigas
realizadas pelas ADs no Brasil. A banda de música Paulo Leivas
Macalão liderou um desfile ao redor do Pavilhão de São Cristóvão,
enquanto bolas coloridas foram lançadas na atmosfera, cada uma
contendo uma mensagem bíblica - lembrando que Paulo Leivas Macalão
conheceu a Cristo através de um folheto achado na rua.
O
povo adentrou ao templo cantando hinos da Harpa Cristã e cultuando
ao Senhor sob a liderança do bispo Abner Ferreira, agora presidente
também em São Cristóvão. O bispo Manoel Ferreira esteve presente
com sua esposa, bispa Irene. Ambos foram homenageados. O bispo Samuel
Ferreira também falou aos presentes e disse "sentir-se em
casa", aludindo ao fato de que a união ainda dará muitos
frutos no futuro. O ponto alto foi a celebração da Ceia do
Senhor.
Digno
de nota foi a presença de Carlos Bertil Vingren, neto do fundador,
Gunnar Vingren, que, com a família, saudou a igreja e cantou em
português. Frida Vingren teve, também, o seu espaço nas memórias
do bispo Abner Ferreira, que fez um paralelo com a vida do pioneiro
Paulo Leivas Macalão. Este foi, para mim, o ponto alto das
festividades do Centenário.
Por Geremias Couto